18 agosto 2010

Por um mundo melhor

Uma das maiores chagas da humanidade é, indubitavelmente, o preconceito, seja ele referente à cor, ao sexo (mais conhecido como machismo), a pessoas com algum tipo de deficiência, ou ainda com relação a homossexuais, indivíduos de condição financeira baixa, dentre outros.
Todos os preconceitos têm raízes históricas, ligadas a sociedades arcaicas, nas quais os negros eram considerados inferiores, assim como as mulheres. Ambos vítimas de costumes obsoletos e falsas ideologias, que tentam, desde então, justificar a discriminação a que eram e ainda são submetidos.
O preconceito racial provém de sociedades escravocratas. E o machismo advém de um sistema patriarcal, onde o homem é considerado o chefe do lar e a mulher é por ele subjugada.
Essa injustiça atravessou a linha do tempo e veio parar na “contemporaneidade”, onde os homens, ludibriados, acham-se ainda superiores às mulheres. E com essa ilusão em mente, julgam-se mais capacitados para ocupar os melhores cargos no mercado de trabalho e veem-se no direito de violentar suas companheiras.
Lamentavelmente, o número de casos de violência doméstica, seja de cunho físico ou psicológico, vem aumentando a cada dia, e essa atrocidade tomará proporções ainda mais assustadoras se nenhuma providência for tomada.
As mulheres devem unir-se, como fizeram em diversos momentos da História, em prol de uma sociedade mais justa e igualitária, que dê às mesmas o devido valor.
É demasiadamente irônico que hoje, nessa Era dita contemporânea, auge da globalização e das revoluções científicas, preconceitos antiquados como os citados anteriormente perdurem, manchando a imagem de uma civilização que, não fossem as desigualdades absurdas e esses preconceitos sem fundamento, tinha tudo para ser, verdadeiramente, moderna.
Quem disse que o dever da mulher é ser uma eterna dona-de-casa? Em que documento notável consta a inferioridade do negro perante o branco? Será que Deus ama menos os gays pelo simples fato de terem uma opção sexual diferente dos demais?
As mulheres são tão capazes quanto os homens. A cor da pele é um ínfimo detalhe diante da imensidão da alma. E, desse modo, tem peso nulo sobre nossa índole, sendo inadmissível, portanto, a ideia da superioridade dos brancos com relação aos negros.
Marx afirmava que a luta dos contrários era o verdadeiro motor da História. E, dia após dia, sua tese se comprova, por intermédio das diferenças que, inegavelmente, movem o mundo.
Que graça teria uma sociedade integralmente homogênea?! São as diversidades que formam a “identidade universal”. Como já dizia Heráclito, “a unidade do mundo é sua multiplicidade”.
Quando as pessoas entenderem de uma vez por todas a importância da diversidade em suas vidas, atitudes preconceituosas e discriminadoras inexistirão e, finalmente, todos nós, respeitando de maneira mútua as diferenças, poderemos confiantes dizer que o mundo caminha para a evolução.

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