13 fevereiro 2010

Aos Que Creem Em Amor à Primeira Vista

"Quem vai dizer ao coração/ que a paixão não é loucura/ Mesmo que pareça/ insano acreditar/ me apaixonei por um olhar/ por um gesto de ternura/ mesmo sem palavra/ alguma pra falar..."
O olhar morno e pacato da moça que aspirava o perfume de delicadas flores, foi de encontro aos olhos expressivos e intrépidos do rapaz que observava com explícita curiosidade o comportamento dos pássaros.
A natureza ecoava um canto doce e ameno, que acariciava o coração dos apaixonados. O sol brilhava mais que de costume e o céu nunca estivera tão azul. O vento soprava delicadamente e sussurrava "Carpe Diem" nos ouvidos dos que ignoravam a efemeridade da vida.
Os olhares pareciam ligados por uma força sublime, potente e inigualável, que mantinha as jovens almas coesas. Os olhos dele refletiam o que havia de mais enigmático num mar de incógnitas, diferentemente dos olhos da moça, que não carregavam mistério algum, eram dotados de uma sinceridade bucólica, que raramente se encontra em meio a prédios suntuosos e intrínseca poluição. É demasiadamente difícil cruzar com olhos tão desnudos num mundo onde prevalecem as máscaras.
Não era mais uma simples troca de olhares. Eles compartilhavam experiências, sonhos e perspectivas. Aquele insaciável diálogo era assistido pela natureza e o arco-íris que emergia entre poéticas nuvens simbolizava o amor que acabava de nascer.

Um comentário:

Vil Imundo disse...

Você trata os adjetivos como uma florista faria, se fossem rosas ou tulipas...

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