Sentados à beira de um rio, cujo nome me falha à memória, Eduardo e Mônica dialogavam por intermédio de uma insaciável troca de olhares. Ele era o típico ‘play boy’, tinha olhos vivos, intrépidos, que cintilavam o olhar morto e sereno daquela jovem, de natureza crua e ao mesmo tempo rebuscada, que viera morar na cidade há alguns meses. A poluição urbana, dos mais irreverentes cunhos, havia deturpado aquela inocência bucólica que fazia dela a mais ingênua das criaturas.
“Dú, o que é amizade?”
“Ahh Mônica, é um tipo de relacionamento, que ocorre entre pessoas que têm afinidades.”
“E o que é afinidade?”
“Dú, o que é amizade?”
“Ahh Mônica, é um tipo de relacionamento, que ocorre entre pessoas que têm afinidades.”
“E o que é afinidade?”
“É gostar das mesmas coisas, ter pontos de vista em comum...”
“Uai, então por que é que você diz que a gente é amigo, sendo que eu sou diferente a beça de você?”
“Porque apesar de vivermos em mundos antagônicos, a gente tem uma certa cumplicidade!”
“Uai, então por que é que você diz que a gente é amigo, sendo que eu sou diferente a beça de você?”
“Porque apesar de vivermos em mundos antagônicos, a gente tem uma certa cumplicidade!”
“Ihh, lá vem você com essas palavras capetosas!” (risos)
“Eu digo cumplicidade porque você me entende, me aceita do meu jeito e vice-versa. A gente se respeita, é sincero um com o outro... Isso é ser amigo!”
“Huuum, entendi! Mas Dú, tem uma coisa que eu tô matutanu faiz tempo... Amigo também se beija?”
“Às vezes, quando a amizade é colorida...”
“E eu que pensava que a tal da amizade não tinha cor ...!” – concluiu Mônica em meio a estridentes gargalhadas.
“Eu digo cumplicidade porque você me entende, me aceita do meu jeito e vice-versa. A gente se respeita, é sincero um com o outro... Isso é ser amigo!”
“Huuum, entendi! Mas Dú, tem uma coisa que eu tô matutanu faiz tempo... Amigo também se beija?”
“Às vezes, quando a amizade é colorida...”
“E eu que pensava que a tal da amizade não tinha cor ...!” – concluiu Mônica em meio a estridentes gargalhadas.
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