28 março 2009

Regozijando O Âmago

Às vezes, de ímpeto, como alguém que chega sem histórico ou referência, surge em mim uma forasteira vontade de escrever. E, pelo hábito um tanto quanto audacioso que tenho de respeitar minhas vontades, escrevo. Sem tema, sem rumo, apenas obedecendo a um capricho íntimo.
As palavras dançam em minha alienada mente, e eu, pouco dotada de senso crítico, seleciono as que julgo mais providas de dinamismo dócil e aqui as uno, por laços de concordância gramatical ou de maneira aleatória, só pra que elas se sintam coesas.
O engraçado é que isso me proporciona prazer. Não um prazer físico efêmero, mas um prazer espiritual grandioso. O mesmo que me liberta do cárcere mundano e me leva à imensidão do céu, ao universo das idéias. Onde não há modismos, convenções, regras... As pessoas são pelo simples fato de ser, e se orgulham disso. Nada de máscaras, hipocrisia, violência... É um verdadeiro oásis nesse mundo sombrio e inquietante.
Pena que a realidade insiste, maldosamente, em me trazer de volta à mesquinhez, à melancolia. E assim sendo, não tenho outra escolha senão deixar que as palavras me peguem pela mão e me guiem durante a tempestuosa dança da vida. Ajudando-me a me encontrar nessa incessante busca pelo meu verdadeiro eu...

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